Se não tivesse amigos entrava em paranóia autêntica. Não teria uma melhor amiga para confiar os meus segredos. Não teria nenhum ombro para chorar. Não teria ninguém a quem contar as minhas alegrias. Não teria ninguém para festejar sobre algo que me envolvesse o ser. Não teria nada neste mundo. Ninguém depositaria em mim a sua confiança, ninguém me falaria com sentimento. Só estaria rodeada de conhecidos, nenhum amigo.
Felizmente tenho amigos. Poucos mas bons, o que interessa é saber que tenho uma mão estendida quando me sinto mal. Tenho ouvidos para me ouvirem e uma boca para me repreenderem e me elogiarem. Tenho a delícia de uma companhia sincera e inspiração para escrever pois alguém acredita em mim, no esforço a que me dedico em tudo o que faço.
Os amigos são um bem precioso. Tal como diz Mário Quintana: “A amizade é um amor que nunca morre”!
Muitas vezes tive um ombro que chorei. Outras, o meu ombro também foi usado como consolo. Em todas as vezes arranjámos um tema para comemorar, com o intuito que as tristezas abandonassem o corpo para forçosamente darem lugar à alegria.
As festas são um tema fulcral na nossa sociedade. Sobretudo para as pessoas que merecem o título de amigo. São tantas as festas por que já passei com os meus verdadeiros amigos que nem sei qual delas exprimir nesta reflexão.
Vanessa Cesário e Tiago Bettencourt |