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30 de julho de 2010

Felicidade

Vanessa Cesário
Felicidade é um enigma que desde sempre inquieta a humanidade. É algo com uma difícil caracterização precisa, pois talvez seja apenas uma sensação de bem-estar, um sentir-se bem.
O ser humano não possui um botão que se liga permanentemente garantindo felicidade, pois é inapto ao homem estar bem o tempo todo. Contudo, esta emoção não precisa ser uma eterna projecção.
A felicidade encontra-se assim em pequenos gestos. Estar feliz ou triste é um ir e vir.
O ser humano por inteligente que é, é hábil em ter sentimentos, na medida que o arquitecto das suas aflições é ele mesmo: o Homem. Por este ordem de ideias o objecto de felicidade é o ser humano. Se ele não está bem, torna-se um pouco difícil fazer outro alguém sorrir, mais fácil será ter um sorriso espelhado no rosto e sorrir para a vida. A isso chama-se de felicidade, de estar bem com a vida, ou tentar estar bem. A vida não passa de uma tentativa de ser feliz.
Alguém é feliz quando sorri. Eu sou feliz quando sorrio. =)

3 de julho de 2010

Mar

O mar acalma-me.
Vanessa Cesário
Por vezes dou por mim sentada na minha varanda a apreciar a beleza de viver numa ilha, o mar. Adoro sentir o cheiro da maresia, de poder observar o sol beijando o mar, da sensação do vento a bater levemente na minha cara arrepiando-me os braços, ao mesmo tempo que me aquece a alma.
Quando me deparo com a baixa do Funchal toda iluminada pelos primeiros raios de sol, envolvida com o calor de uma manhã de Verão, apetece-me continuar desfrutando daquela doce sensação que me envolve numa viagem aparentemente sem retorno pelos confins do pensamento. É uma paz imensa estar perante o mar e respirar fundo, acalmando-nos a nós mesmos.
Quando me encontro ao pé do mar sinto-me leve, é como se abrisse as minhas asas imaginárias e voasse até o horizonte. Desta maneira sinto-me livre, como se fosse a borboleta mais livre à face da terra. Para sentir mais docemente esta imensidão de bem-estar que me envolve a alma, nada como fechar os olhos e imaginar o paraíso na terra, sentir o vento a bater na minha cara dando-me a sensação da liberdade que me foi concedida.
Nestes momentos de reflexão junto à imensidão do mar sinto como se uma espécie de melodia invadisse a zona onde me encontro, sentindo-me assim arrastada pelo vento, mas no entanto ninguém me toca, é a consequência de ter asas imaginárias! Sinto apenas a cabeça a pairar no nada, longe de tudo e de todos. O mar tem por hábito meter as pessoas que acreditam nele num estado ZEN, completamente ZEN.
Quem não gosta de estar perante o mar para tomar uma decisão complicada?! Até o povo diz que a água do mar tem efeitos curativos!

1 de julho de 2010

Poesia

Poesia gráfica realizada no âmbito da cadeira de Oficina de Texto.
A poesia transmite-me uma melodia que me faz embarcar numa viagem aparentemente sem retorno. Uma viagem de sonhos, de histórias, de fantasias, de amor, de solidão... De tudo o que os diferentes autores que captam a minha atenção me fazem entender.
A poesia descreve assim um tempo, uma vida, um sentimento. Eleva-me o espírito a pensar mais além sobre vários assuntos que caracterizam a sociedade, num estilo intemporal.
Isso também me acontece com o grande Luís Vaz de Camões. Acerca da vida desta figura ilustre portuguesa, pouco se sabe. De senso comum conhece-se que iniciou a sua carreira como poeta lírico, levando uma vida boémia e turbulenta. Combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida “Os Lusíadas”. Nesta magnânima obra, Camões cantou sem música os grandes feitos dos heróis portugueses, não apenas as suas vitórias militares, mas também algumas conquistas sobre o espaço físico, com recorrente uso de alegorias clássicas. O próprio título já sugere as intenções nacionalistas por detrás da obra. Camões, deste modo, foi um renovador da língua portuguesa, hoje é uma referência para a comunidade lusófona internacional. Devido à sua grandeza e universalidade, é um dos mais importantes épicos da época moderna.
Algo mais verdadeiro que o sentimento impresso na obra épica que muito dá que falar aos estudantes de ensino secundário, penso que não existe. É o sentimento impresso no papel das conquistas e vitórias dos nossos antepassados que contribuíram para o Portugal de hoje. E é uma autêntica aventura ler sobre esse passado português, ler a bravura nas palavras de Camões que nos fazem reflectir o herói que fomos, o herói que somos.