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3 de julho de 2010

Mar

O mar acalma-me.
Vanessa Cesário
Por vezes dou por mim sentada na minha varanda a apreciar a beleza de viver numa ilha, o mar. Adoro sentir o cheiro da maresia, de poder observar o sol beijando o mar, da sensação do vento a bater levemente na minha cara arrepiando-me os braços, ao mesmo tempo que me aquece a alma.
Quando me deparo com a baixa do Funchal toda iluminada pelos primeiros raios de sol, envolvida com o calor de uma manhã de Verão, apetece-me continuar desfrutando daquela doce sensação que me envolve numa viagem aparentemente sem retorno pelos confins do pensamento. É uma paz imensa estar perante o mar e respirar fundo, acalmando-nos a nós mesmos.
Quando me encontro ao pé do mar sinto-me leve, é como se abrisse as minhas asas imaginárias e voasse até o horizonte. Desta maneira sinto-me livre, como se fosse a borboleta mais livre à face da terra. Para sentir mais docemente esta imensidão de bem-estar que me envolve a alma, nada como fechar os olhos e imaginar o paraíso na terra, sentir o vento a bater na minha cara dando-me a sensação da liberdade que me foi concedida.
Nestes momentos de reflexão junto à imensidão do mar sinto como se uma espécie de melodia invadisse a zona onde me encontro, sentindo-me assim arrastada pelo vento, mas no entanto ninguém me toca, é a consequência de ter asas imaginárias! Sinto apenas a cabeça a pairar no nada, longe de tudo e de todos. O mar tem por hábito meter as pessoas que acreditam nele num estado ZEN, completamente ZEN.
Quem não gosta de estar perante o mar para tomar uma decisão complicada?! Até o povo diz que a água do mar tem efeitos curativos!