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6 de setembro de 2010

Devaneio II

Confusões e multidão agitada estão os portugueses fartos. Face às actividades e regalias a que certos seres humanos se subestimam, há que ter a perfeita noção que para atingir o ponto de chegada de uma determinada meta é preciso, devidamente, andar em círculos até chegar ao ponto do destino dessa meta, dessa recta. Conseguem imaginar atravessar uma recta em círculos? É o atravessamento de uma rua por um alcoólico anónimo (ou se calhar até bem conhecido), percorrendo-se assim longos caminhos até chegar ao desejado, sem ele próprio ter a perfeita consciência que é merecedor de ser o ponto desejado e que por ele é obrigatório, ou simplesmente escapatório, viver em círculos durante ápices momentos para se atingir a maturidade apta à convivência com a meta de chegada, com o desejado.
Qual o ponto do destino da tal recta? É o ponto que compreende a perfeita noção da alegria do futuro que esperamos. Após várias peripécias do destino a meta que continuamente ambicionamos parece-nos bem perto a olho nu. Contudo se olharmos para trás relembramos os círculos que tivemos inevitavelmente de contornar para que numa atitude segura atingíssemos o ponto alvo por que tanto ansiámos desde o dia de início da loucura equiparável de atravessar uma recta em círculos. 
Frustrante terão sido todos os círculos a que nos adaptámos a diversas situações que não nos valeram de nada para aquele futuro, mas nada é em vão. Sem às vezes termos noção, tudo deixa ficar um pouco de si em nós fazendo-nos crescer revolucionando uma cadeia de acontecimentos com um único objectivo: para quando chegarmos finalmente àquele ponto possamos olhar para todo o caminho percorrido com um sorriso no rosto e uma pequena lágrima e pensar “Como teria sido se eu ficasse no círculo?” Resposta fácil meus caros, não estaríamos na suposta felicidade que nos encontramos agora.