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6 de setembro de 2009

Verdade sobre os Romeus

Nada se resolve com força, com insistências. Resolve-se sim com a razão, a mais sábia de todos os tempos.
Esta reflexão desencadeia-me no pensamento o facto de pessoas usarem outras a seu bel-prazer, do meu ponto de vista aqui falo acerca de toda a verdade sobre os ROMEUS.
Os mais belos homens parecidos ao Romeu do conto de fadas são aqueles que mais desiludem as mulheres, desiludindo-as ainda sem as terem conquistado totalmente, o que para elas, mulheres, não deixa de ser uma perda saudável na medida que esse tipo de homens não se encaixa na perfeição da citação "o tal".
Normalmente esses a quem as mulheres carentes de amor rotulam como "sonho" prometem-lhes encontros, vestidos caríssimos e um sexo selvagem fazendo-se passar por gurus desta actividade. Depois da avalanche de promessas e do esperado encontro, o lado feminino chega à conclusão que a amostra masculina da natureza que se encontra à sua frente não se está importando com os sentimentos de ambos, apenas com o exterior de ambos.
Esses animais são matreiros e mostram-se capazes de produzir um monte de verdades, estupidamente impostoras, sobre quem completa ou já havia completado o coração das suas futuras conquistas, pois é de senso comum que as mulheres são um tanto confusas e que para terem uma relação sexual integrada nos seus parâmetros como "excelente", têm de gostar dessa pessoa muito antes do dito acto em si.
As mais ignorantes caem nessas falsidades e pensam que se apaixonaram, mas nunca os qualificam como "o tal", porque o verdadeiro merecedor dessa citação não lhes desocupa efectivamente o hipotálamo e, são assim usadas e abusadas pelos falsificadores de príncipes encantados até o dia em que estes se fartarem e quererem mudar de parceira para se divertirem um pouco mais, utilizando sempre o mesmo método de conquista.
Ao contrário, as mais inteligentes e menos ignorantes apercebem-se desta trágica realidade, ainda não fazendo parte dela, compreendendo que se beijarem outro para esquecer esse mesmo é a maior estupidez que alguma vez possam fazer, pois isso só fará com que pensem ainda mais em quem não queriam pensar, rejeitando assim de vez os falsos Romeus e seguindo uma nova vida sem rastos do passado, fugindo aos contos de fadas.
Logo, os únicos e verdadeiros príncipes encantados são os que se encontram em forma de sapo e não os que já encontramos em carne e osso, fazendo com que a descoberta do misterioso réptil seja algo encantador arquitectado com doçura e pela letra M: com marotice, malandrice, meiguice e magia.
Contudo, os tais falsos Romeus continuam com o seu estilo de vida, até um dia em que se apaixonarem à séria e verem que gostar de alguém dói e que não é beijando outras que se esquece as pessoas merecedoras da citação "a/o tal".

Enfim, a vida é um joguinho em forma de círculo! *

8 de maio de 2009

Devaneio

Para cometer uma loucura inédita, como largar tudo para duas pessoas fugirem juntas, essas duas pessoas em questão têm de estar bem cientes com quem querem fugir, não se vá lá nessa viagem descobrir quem realmente são.
Mas antes de pensarmos em fugir sempre nos suscitam dúvidas que nos metem a reflectir sobre o passado, presente e futuro.
Sempre existem aqueles momentos em que estamos na nossa casa, na nossa cadeira, em que nos sentamos e só nos vem à cabeça apenas os nossos pensamentos que só a nós pertencem e a mais ninguém, para além de nós, seres únicos. Como seria uma invasão tal se esses mesmos nossos pensamentos mais profundos se revelassem com um simples olhar intenso que faz com que o coração bata a 250km por hora. Aí, ouve-se um barulho ensurdecedor a nos entrar pelo quarto, tanta batida? Só poderão ser as batidas fortes do nosso coração a lacrimejar solicitando um pouco de confiança a outro que se encontra distante em corpo e alma, juntamente por um vazio repleto de imensas palavras em que todo o passado se encontra guardado bem lá no fundo da caixinha de recordações, parte dele não sendo digno de se permitir nesse espaço, mas, contudo, tudo o que passa fica por algum motivo: ou por algo bom que nos permitiu estar a viver algo igualmente bom, ou por algo mau que nos impediu de estar a viver algo completamente bom sem complicações.
Não poderíamos apenas fechar os olhos, imaginar o paraíso na terra, desvanecer-se nessa mesma nossa cadeira em que nos sentámos e, flutuar? Sim, flutuar no pensamento numa prancha de viagens que vão de encontro ao 'o tal'? Nesses momentos da nossa vida ficamos calados de repente, imaginando o futuro 'perfeito' que seria, mas que são impossíveis pelas recordações passadas.
Sinto-me maldisposta e completamente enojada por ao estar sentada naquela cadeira, surgirem-me na mente pensamentos que só me afirmam verdadeiramente que tenho o dom de estragar tudo o quanto agora poderia ser bonito. Mas, como tudo na vida, há ervas daninhas neste jardim da minha alma em que vivo voando, voando, voando, sonhando e respirando... ervas daninhas essas que quero cortar mas que por grandes e extensos momentos são permanentes. (Porquê? Meramente por erros fatais inconstantes.)
Chega a um ponto em que as pernas tremem, as forças esgotam-se, o corpo quase que se levita e ZÁS! Acontece o que já deveríamos ter previsto logo do início, caímos. Caímos da cadeira para o chão, chão esse que já não roda mais, que é frio e distante.
Oh meu deus, onde pairam as minhas asas? E a resposta é fácil: estão comigo, sempre estiveram. Apenas há momentos certos para as abrir e voar. Posso voar sozinha fechando os olhos e sentindo o vento e a brisa da maresia a trespassar por entre os meus cabelos, ou, posso voar acompanhada por alguém cujo simples toque me faz dispersar pelos confins do pensamento, em que possamos ver o mar juntamente de olhos fechados, interiorizarmo-nos no pensamento um do outro, todos os dias, ao nos lembrarmos de carinhos, de sorrisos, de beijos, de abraços.
Voar e sentir esta liberdade e paz tem muito mais significado acompanhada por aquele simples e elementar toque, sim, isto também é liberdade! Liberdade que me estampa um sorriso no rosto.

Contudo... Nem tudo o que é claro é simples. Nem tudo o que é passado faz parte do passado. Nem tudo o que é tudo... é tudo.