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19 de fevereiro de 2010

Mensagens confusas

Um dia escrevo-te uma canção sobre as mensagens que as pessoas deste planeta que habito me transmitem.
Olhares, gestos, acções. Apenas mensagens confusas, demasiado confusas.
Há dias em que apetece descobrir o mundo mas ficar por casa. Apetece gritar mas não proferir nem uma palavra, só suspirar. Suspiros inseguros que se intitulam como sombras numa imagem, uma única imagem que pode ser intitulada por mim.
Cada vida é um jogo onde os seres humanos têm que ser tratados como tal e não como meros objectos. O Homem não pode ser comparado a uma t-shirt preferida de alguém, mas às vezes fazem com que ele se sinta igual a ela. Por a preferir tanto, o dono mete-a num cantinho do armário para não a estragar. As t-shirts preferidas também têm que ser usadas vezes sem conta, invejadas pelos transeuntes. No entanto inúmeras vezes é deixada lá no seu cantinho daquele seu armário enquanto que o dono usa até dizer chega as demais que completam o restante. Por usar tanto o que não devia usar excessivamente ninguém se lembra da sua t-shirt preferida. Ninguém se lembra do quanto gosta dela. Ninguém sabe o valor que lhe dá.
Talvez o amor seja mesmo isto. Talvez seja uma coisa que deveríamos guardar para nós por ser e para ser mais especial. Mas esse dono da t-shirt exagera. Exagera demais no uso das outras enquanto que a especial permanece inutilizável. É exagero a mais os elogios que as demais vulgares recebem por ele e pelos outros enquanto que a preferida é esquecida por todos. Será esquecida por ele? Em momentos alguns de certeza que a esquece, caso contrário não ficaria sempre num cantinho. Mas no amor não se esquece. Quem ama sabe que nunca se esquece. Recorda-se sempre. Fala-se sempre. Será que o possuidor da t-shirt tem a certeza que a adora imenso para a guardar tanto só para si? Até pode ser. Sentimentos profundos que nutrimos não são para serem banalizados. Mas será que são mesmo assim profundos? Como é que vai ser quando a preferida, cansada de ser posta de lado, subitamente espreitar pelo armário e ver que o dono usa e abusa das banais? Como será que ela se vai sentir por ser a preferida mas ser sempre posta de lado? A isto chamam-se mensagens confusas, demasiado confusas. Mas o amor é isso mesmo, e isto pode-se tornar numa canção com uma mensagem. É confuso, demasiado confuso. Com um olhar, um gesto, uma acção fornece mensagens confusas, demasiado confusas. Será mesmo amor que o indivíduo nutre pela t-shirt ou apenas ainda não obteve provas suficientes para virar a paixão do avesso e fazer com que isso lhe vire o coração com amor? Com mensagens confusas é que o amor não vem nem lhe dá a volta à cabeça. São apenas opiniões provenientes duma canção que um dia se poderá realizar!

E a t-shirt? É a preferida do dono. A preferida é apenas uma sombra, um fantasma.
A sua sombra, o seu fantasma.

15 de fevereiro de 2010

São Valentim

Inesperado, surpreendente, adorável.

Afinal este vício nem sempre é mau, nem sempre nos trás ciúme nem insegurança. É uma grande sensação, atrevo-me a dizer que é a melhor de sempre. Estes gestos às vezes devem ser assim, escassos, mas quando feitos devem ser arquitectados com tamanha dedicação para serem relembrados naqueles momentos de ciúme e insegurança.
A escrita não transmite a riqueza dos pensamentos que me envolve hoje, agora. Nenhum ser humano tem o dom de transpor em palavras um completo sentimento. Mas acredita que... a sensação é grande!